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Mostrando postagens de junho, 2019

Óculos de madeira

Ela disse que era livre. Deu um sorriso entorpecente, Deixou seus óculos de madeira Sobre a areia úmida da praia, Correu para perto do mar, Quase que perdidamente, Com seus cabelos levados pelo vento. Ali percebi que não tenho uma simples queda, Por ela, Caí em um poço profundo Com uns 90 metros de profundidade.

Corredores e labirintos

Existem monstros me rodeando, me mostrando, o tempo todo, o que devo fazer. Atravesso corredores e labirintos. Tento me livrar dos sussurros que rodeiam meus ouvidos. Sussurros deveriam ser tão altos? Vejo um mar de pessoas, com dedos apontados em minha direção, arrancando meus sonhos ruidosamente... e apenas um anjo. Ele abre as asas e me abriga. Mas não se aproxime muito. Está escuro e é aqui que meus demônios se escondem. Uma hora as cortinas se fecharão e aí não haverá mais bagunça. Quando as luzes se apagarem, este será meu fim!
Ele é escuro, Ele é frio, parece que não há saída.  Eu tento caminhar, Dou voltas e voltas E estou sempre perdida. Eu grito, Mudo, Ninguém parece me ouvir. Existem vozes nele me dizendo (cada vez mais alto) que devo parar. É um labirinto escuro, frio e sem saída. Eu caio, volto à caminhar e continuo no mesmo lugar.